Autoridades britânicas confiscam 61.000 bitcoins, avaliados em R$ 13,1 bilhões
Esta semana, autoridades britânicas anunciaram o confisco de 61.000 bitcoins, equivalente a R$ 13,1 bilhões. O caso chamou atenção da mídia local devido ao fato de um dos suspeitos, Jian Wen, levar uma vida simples trabalhando em um restaurante, enquanto tentava comprar uma mansão avaliada em R$ 144 milhões. No entanto, descobriu-se que Jian Wen estava sendo usado como um "laranja" em um esquema de lavagem de dinheiro relacionado a um crime pelo qual ele não era culpado.
Um golpe bilionário na China
O outro personagem principal dessa história é Zhimin Qian, uma chinesa acusada de um golpe de R$ 31,4 bilhões entre os anos de 2014 e 2017 em seu país de origem. Após a fraude bilionária, Qian fugiu para o Reino Unido, onde passou a utilizar uma identidade falsa e se fazer passar pelo nome de Yadi Zhang.
Ao se mudar para o Reino Unido, Zhimin Qian conseguiu ocultar todo o seu patrimônio, adquirido por meio do golpe, através da compra de bitcoins. Para gastar o dinheiro que ganhou com seus crimes, ela contou com a colaboração de Jian Wen, um homem de vida modesta que trabalhava em um restaurante chinês no Reino Unido.
O envolvimento de Jian Wen
Jian Wen atuava como um "laranja" no esquema de lavagem de dinheiro de Zhimin Qian. Ele auxiliava Qian na conversão dos bitcoins adquiridos ilegalmente em dinheiro, joias e outros bens de luxo. Durante muito tempo, o esquema da dupla funcionou sem chamar atenção, até que Jian Wen tentou comprar uma mansão avaliada em R$ 144 milhões, despertando a suspeita das autoridades.
Antes disso, Jian e Qian já haviam vivido em outra mansão, alugada por nada menos que R$ 107.000 por mês. Durante a audiência, Jian teria afirmado que os bitcoins confiscados foram minerados por ele mesmo. Mais tarde, ele mudou de versão e afirmou que havia recebido as criptomoedas como um "presente de amor" de Qian.
Apesar de não estar sendo acusado de envolvimento no golpe que ocorreu na China anos atrás, Jian Wen pode ser condenado por seu papel na lavagem de dinheiro. Enquanto Wen já foi detido, Zhimin Qian permanece foragida.
Apreensões bilionárias em 2024
Além do caso acima, outros casos de apreensões bilionárias de bitcoins ocorreram nesta semana ao redor do mundo. Na Alemanha, por exemplo, foram confiscados 50.000 bitcoins de uma dupla que operava um site de pirataria de filmes entre 2008 e 2013. Estima-se que a quantia valha R$ 10,8 bilhões, e o governo alemão ainda não decidiu o que fazer com esse montante.
Nos Estados Unidos, a agência anti-droga (DEA) realizou sua maior apreensão de criptomoedas até o momento. Foram apreendidos 8.100 bitcoins, avaliados em US$ 1,6 bilhão. Também nesta semana, a SEC (Comissão de Valores Mobiliários americana) processou líderes de uma pirâmide financeira que movimentou R$ 8,4 bilhões.
Esses casos evidenciam o fato de que as autoridades de diversos países estão atentas às movimentações bilionárias realizadas com criptomoedas. Crimes antigos estão sendo investigados e a transparência das criptomoedas está mostrando que elas são péssimas para criminosos.
Em resumo, o confisco de 61.000 bitcoins no Reino Unido, avaliados em R$ 13,1 bilhões, chama a atenção para a atuação de Zhimin Qian, uma criminosa chinesa que conseguiu se refugiar no Reino Unido e ocultar seu patrimônio através da compra de bitcoins, contando com a colaboração de Jian Wen como "laranja". Esses casos reforçam a importância das autoridades estarem atentas às movimentações bilionárias envolvendo criptomoedas.
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