A Reconstituição do Assassinato do Engenheiro César Henrique Rinhel
Nesta sexta-feira (26), a Polícia Civil trabalha na reconstituição da morte do engenheiro César Henrique Rinhel, ocorrida em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. A vítima, residente de Batatais, foi baleada em dezembro de 2023 e seu corpo foi enterrado em um canavial na zona rural de Serrana.
O Motivo do Homicídio
A investigação aponta que o motivo do homicídio está relacionado a uma briga pela compra de uma caminhonete, que posteriormente foi identificada como produto de crime. César Henrique Rinhel desconhecia a origem ilícita do veículo e, ao descobrir, dirigiu-se a uma oficina mecânica em Ribeirão Preto para confrontar o vendedor.
Até o momento, dois homens foram presos e a polícia ainda investiga a participação de outras duas pessoas na ocultação do cadáver. A reconstituição do crime utiliza técnicas de reprodução que incluem o uso de um drone e equipamentos para mapeamento 3D, a fim de recriar com precisão os acontecimentos relacionados ao assassinato.
O delegado Rodolfo Latif Sebba enfatiza a importância da reconstituição: "Queremos entender quem participou de cada coisa, da ocultação de cadáver, da morte do engenheiro, entre tantas outras coisas que precisamos para individualizar as condutas e responsabilizar todos".
A Vítima de Golpe e Homicídio
A investigação revelou que César Henrique Rinhel foi preso em Ribeirão Preto no ano anterior, após ser abordado pela polícia conduzindo uma caminhonete produto de furto e com características adulteradas. Rinhel afirmou desconhecer o crime relacionado ao veículo, pagou fiança e foi liberado após audiência de custódia.
No dia 14 de dezembro, César Henrique Rinhel viajou de Batatais até Ribeirão Preto para acompanhar um amigo em um tratamento médico na Santa Casa. Após deixar o amigo no hospital, o engenheiro seguiu no carro deste até uma oficina na Rua Sergipe, no bairro Campos Elíseos, onde teria efetuado a compra da caminhonete.
No local, ocorreu um confronto entre Rinhel e o homem que havia vendido o veículo, resultando em dois disparos no tórax do engenheiro. Posteriormente, Rinhel foi colocado no porta-malas do carro do amigo e levado até um canavial em Serrana, onde foi enterrado.
Descoberta e Prisões
Enquanto o corpo era enterrado na plantação de cana, funcionários da usina responsável pelo canavial perceberam uma movimentação suspeita e acionaram os seguranças. Ao chegarem ao local, os suspeitos já haviam fugido no carro. A polícia foi chamada e encontrou o corpo do engenheiro enterrado em uma cova rasa.
O carro do amigo de Rinhel foi localizado no dia seguinte em Paracatu, Minas Gerais, a 550 quilômetros de Ribeirão Preto.
No dia 22 de dezembro, a polícia prendeu Sullyvan Mike Tavares de Sousa e Hugo César Silva Dias sob suspeita de envolvimento no homicídio. O advogado dos suspeitos, Cassiano Figueiredo, alega que Hugo agiu em legítima defesa diante das ameaças de César Rinhel: "No dia dos fatos, César veio e aparentava estar armado e estava armado, segundo a versão de Hugo. Com isso, Hugo efetuou dois únicos disparos que atingiram o César".
Os outros dois suspeitos de ocultação de cadáver também foram intimados e participarão da reconstituição do crime.
As investigações continuam a fim de esclarecer todos os detalhes do caso e responsabilizar todos os envolvidos nas diferentes etapas do homicídio e ocultação de cadáver.
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