Motoristas da empresa Pedrosa e Transcol fazem paralisação por atraso no pagamento em Recife
No dia 23 de fevereiro, motoristas da empresa Pedrosa e Transcol, que fazem parte do Consórcio Recife, realizaram uma paralisação em Nova Descoberta, na Zona Norte do Recife. Essa paralisação afetou 30 linhas de ônibus, deixando cerca de 75 mil passageiros sem transporte na região.
Atraso no pagamento
A principal razão da paralisação foi o atraso no pagamento do adiantamento salarial de janeiro. Os motoristas reivindicavam o pagamento dentro do prazo e, como resposta à demora, optaram pela paralisação. Essa situação reflete o descaso das empresas do Consórcio Recife com os direitos trabalhistas de seus funcionários.
Impacto na população
O transporte público é essencial para a mobilidade dos cidadãos de Recife e região metropolitana. Com a paralisação dos ônibus, milhares de pessoas ficaram sem transporte para chegar ao trabalho, escola e outras atividades diárias. Esse problema afeta diretamente a qualidade de vida da população e evidencia a importância de um serviço de transporte público eficiente e responsável.
Manifestações contra a violência e a retirada dos cobradores
Além do atraso no pagamento, os motoristas também manifestaram sua preocupação com a violência que têm sofrido no exercício de suas funções. Casos de agressões a motoristas têm sido frequentes na região do Grande Recife, o que coloca em risco a integridade física desses profissionais.
Outra pauta de protesto dos motoristas foi a retirada dos cobradores dos ônibus, o que resultou na dupla função para os motoristas. Essa medida está relacionada ao corte de custos das empresas, porém, acaba sobrecarregando ainda mais os motoristas e prejudicando a qualidade do serviço prestado aos passageiros.
Reivindicações e respostas das partes envolvidas
O Sindicato dos Rodoviários afirmou que, além da questão do pagamento, a paralisação também é motivada pela insegurança dos motoristas, que têm sido alvo de agressões na região. Já o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana) considerou a paralisação "ilegal e abusiva".
Segundo a Urbana, o movimento dos motoristas contraria a Lei de Greve ao impedir a circulação dos ônibus e o direito dos trabalhadores que não desejam participar da paralisação. A empresa também alega que o pagamento do adiantamento salarial está dentro do prazo estabelecido pela convenção coletiva da categoria.
Impacto na população e no transporte público
A paralisação dos motoristas das empresas Pedrosa e Transcol afetou diretamente a vida de milhares de pessoas que dependem do transporte público na Zona Norte do Recife e nos municípios de Abreu e Limae Paulista. A falta de ônibus dificulta o deslocamento diário desses cidadãos, prejudicando suas rotinas e compromissos.
Conclusão
A paralisação dos motoristas das empresas Pedrosa e Transcol evidencia a falta de valorização dos trabalhadores do transporte público. O atraso no pagamento do adiantamento salarial e a violência sofrida pelos motoristas são problemas recorrentes na região do Grande Recife. É fundamental que as empresas e as autoridades competentes atuem de forma eficiente para garantir melhorias nas condições de trabalho e segurança desses profissionais, bem como na qualidade do transporte público disponibilizado à população.
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