A família do estudante Leonardo Belo entra na Justiça para corrigir sua prova no Enem 2023
A família do estudante Leonardo Belo, de Curitiba, recorreu à Justiça para que o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) corrijam a prova dele no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. Segundo o Inep, Leonardo foi desclassificado por ter ficado com o caderno de questões. No entanto, de acordo com as regras do Enem, participantes podem ficar com o caderno se deixarem a sala nos 30 minutos que antecedem o término da prova, o que foi o caso de Leonardo.
Esse não é um caso isolado. Três estudantes do Mato Grosso também relataram o mesmo problema. A prova do Enem é uma das etapas mais importantes para os estudantes que desejam ingressar em universidades públicas e privadas do Brasil. Portanto, é crucial que a correção seja realizada de forma justa e correta.
Leonardo Belo descobre sua desclassificação ao verificar sua nota no site do Inep
Leonardo Belo recebeu a notícia de sua desclassificação ao abrir o site do Inep para verificar sua nota no exame. Uma candidata de Curitiba, que estava na mesma sala que ele, também enfrenta o mesmo problema. Na primeira folha da prova, está sinalizado que os candidatos podem levar o caderno de questões ao deixarem a sala nos 30 minutos finais.
Leonardo foi um dos três últimos candidatos a deixar a sala de provas. Ao tentar acessar sua nota no Enem, ele encontrou uma mensagem informando que estava desclassificado. Essa situação é extremamente prejudicial para Leonardo, pois ele havia planejado utilizar a nota do Enem para se candidatar a uma vaga no curso de Ciência da Computação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Sem a nota do exame, ele não poderá se inscrever, e o prazo para as inscrições termina em breve.
Advogada da família de Leonardo consegue tutela antecipada para correção da prova e inscrição no Sisu
A advogada da família de Leonardo, Melani Gabarno, agiu rápido e conseguiu uma tutela antecipada na Justiça para que o Ministério da Educação corrija as provas de Leonardo, ainda que na pendência de uma confirmação posterior, e promova sua inscrição no Sisu. Além disso, em outra ação, ela requereu que o Inep apresente a ata de encerramento da prova na sala de Leonardo para comprovar que ele terminou o exame e levou o caderno dentro do prazo permitido.
O principal problema em relação ao Enem e ao Sisu é o curto prazo de tempo entre a divulgação do resultado e o início e término das inscrições do Sisu. Além disso, existe a preocupação com os prejuízos que os estudantes podem sofrer caso não consigam concluir a inscrição dentro do prazo estabelecido.
Outra candidata da mesma sala também foi desclassificada
Julia Penteado, que deseja uma vaga no curso de Medicina, estava na mesma sala que Leonardo e também foi desclassificada. Durante a prova, houve uma intercorrência, quando a fiscal na sala deixou de avisar que faltavam apenas 15 minutos para o encerramento. Para compensar, a fiscal deu aos três últimos candidatos 15 minutos além do prazo. No entanto, a mensagem recebida por Julia não foi de entrega fora do prazo, mas sim por ter saído antes com o caderno de questões.
A posição do Inep sobre o caso
Em nota, o Inep informou que os participantes foram eliminados por descumprir uma das regras previstas no edital do Enem 2023. Em relação ao pedido da família de Leonardo na Justiça, o Inep disse que foi notificado da liminar na noite de terça-feira (23) e se manifestará nos autos do processo. O Ministério da Educação também foi questionado sobre o caso, porém, até o momento, não houve retorno.
É essencial que esses casos sejam resolvidos de forma justa, considerando os direitos dos estudantes e a importância do Enem como uma avaliação para o ingresso no ensino superior. Os prazos curtos e a falta de clareza nas regras podem prejudicar os candidatos, impossibilitando sua inscrição nas universidades desejadas.
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