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O caos na seleção brasileira: técnicos interinos e incerteza sobre o futuro em 2023

O ano de 2023 foi marcado por dificuldades e incertezas para a seleção brasileira. Após a confirmação de que Tite deixaria o comando técnico após a Copa do Mundo de 2022, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) optou por não contratar um técnico definitivo imediatamente. Enquanto a meta era Carlo Ancelotti, atualmente no Real Madrid, o Brasil teve que se contentar com técnicos interinos e a incerteza sobre quem tomaria as principais decisões.

O cenário atual

Atualmente, Fernando Diniz é o técnico interino da seleção brasileira devido a um contrato que vai até 5 de julho de 2024. No entanto, ele é compartilhado com o Fluminense, o que divide suas atenções e tempo. Diniz assumiu a equipe após três amistosos comandados pelo interino Ramon Menezes, técnico da sub-20. Nesses amistosos, o Brasil sofreu duas derrotas para Marrocos e Senegal e obteve uma vitória sobre Guiné.

O contrato de Diniz foi firmado durante a gestão de Ednaldo Rodrigues, que foi deposto da presidência da CBF por decisão judicial. Sabendo que Ancelotti era o alvo para assumir a seleção em junho de 2024, a contratação de Diniz foi feita com a intenção de ser temporária. No entanto, não há certeza se o acordo com o italiano ainda está de pé, já que Ednaldo dificilmente ganhará a nova eleição da CBF.

Em campo, a seleção brasileira terminou o ano de 2023 em sexto lugar nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Foram duas vitórias contra Bolívia e Peru, um empate contra a Venezuela e derrotas para Uruguai, Colômbia e Argentina. O desempenho total da equipe em 2023 foi de apenas 37% de aproveitamento, sendo este o pior número da equipe neste século.

A crise momentânea

A seleção brasileira tentou apresentar uma nova forma de jogar, seguindo as ideias de Fernando Diniz. No entanto, a falta de treinamentos adequados foi um problema e o time perdeu consistência em campo. Além disso, a equipe enfrentou a lesão de Neymar, que ficará fora dos gramados por pelo menos nove meses. Nomes como Vinicius Junior, Rodrygo e Endrick não conseguiram fazer a diferença, destacando os problemas na engrenagem da seleção.

Essa crise na seleção foi utilizada pela oposição para fortalecer um movimento contra Ednaldo Rodrigues. A eleição do dirigente foi invalidada pela Justiça, e agora ele busca viabilidade política para lançar uma candidatura na eleição que provavelmente ocorrerá em janeiro. Ednaldo sinalizou aceitar ser vice-presidente em uma chapa encabeçada por Gustavo Feijó ou Flávio Zveiter, demonstrando enfraquecimento na articulação.

Atualmente, a CBF está sob a presidência de José Perdiz, que se licenciou do comando do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Ele já deixou claro que não tomará decisões drásticas no futebol brasileiro.

O futuro da seleção em 2024

O ano de 2024 reserva desafios para a seleção brasileira. A agenda prevê amistosos contra Inglaterra e Espanha em março, antes da Copa América, que será realizada nos Estados Unidos em junho. Já está confirmado um amistoso contra o México, e a CBF pretende marcar mais uma partida antes do torneio. O Brasil foi sorteado no grupo que conta com Colômbia e Paraguai, além de Honduras ou Costa Rica, que será decidido em março. Em setembro, as Eliminatórias para a Copa do Mundo voltam, ainda sem certeza sobre o técnico que estará à frente da equipe.

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