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Item que protege frentista vai deixar carros mais caros e reduzirá consumo

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Um equipamento obrigatório que melhora a qualidade do ar e protege a saúde de frentistas

A partir deste ano, 20% dos automóveis novos a gasolina, etanol e flex comercializados no Brasil passaram a vir equipados com um dispositivo obrigatório chamado ORVR (onboard refueling vapor recovery ou sistema de recuperação de gases, em português). Essa tecnologia, que já é amplamente utilizada nos Estados Unidos há mais de 20 anos, é parte do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) do Brasil.

De acordo com a Eaton, fabricante do equipamento em Valinhos, no interior de São Paulo, o ORVR é capaz de reduzir em até 98% as emissões de gases tóxicos provenientes da gasolina, etanol ou da mistura desses combustíveis nos carros flex. Além disso, o sistema protege a saúde dos frentistas durante o reabastecimento e contribui para a redução do consumo de combustível. No entanto, sua implementação encarece a produção dos veículos.

O que é o sistema ORVR e como funciona?

O sistema ORVR é acoplado ao tanque de combustível dos veículos e possui válvulas e um filtro de carbono que impedem que os vapores de combustível escapem para a atmosfera. Esses vapores, que incluem gases inflamáveis e o benzeno, um composto cancerígeno prejudicial ao meio ambiente e aos trabalhadores dos postos de combustíveis, são reenviados para o motor e queimados juntamente com o combustível, reduzindo o desperdício e aproveitando ao máximo o etanol ou a gasolina.

Segundo o consultor ambiental Gabriel Murgel Branco, o ORVR "se paga durante a vida útil do veículo", apesar de representar um custo adicional na fabricação dos automóveis. O custo médio desse sistema é de aproximadamente US$25 a US$30 por veículo, o que equivale a um investimento de cerca de US$1,4 bilhão em um horizonte de 20 anos. No entanto, o sistema economizará em torno de US$3,4 bilhões em gasolina nesse mesmo período, tornando-se um investimento vantajoso.

O impacto positivo na qualidade do ar e na saúde dos frentistas

A implementação do sistema ORVR nos automóveis brasileiros contribui de forma significativa para a melhoria da qualidade do ar, uma vez que reduz drasticamente as emissões de gases tóxicos. Além disso, o sistema protege a saúde dos frentistas, que são expostos diariamente a esses gases durante o reabastecimento de veículos. Com o ORVR, os vapores de combustível são eficientemente controlados e reutilizados no motor, minimizando os riscos de exposição e proporcionando um ambiente de trabalho mais seguro.

O futuro do sistema ORVR no Brasil

A implementação do sistema ORVR começou com 20% dos automóveis novos a gasolina, etanol e flex em 2021. A expectativa é de que até 2024, 60% dos veículos zero-quilômetro com essa motorização já estejam equipados com o dispositivo. E em 2025, essa tecnologia estará presente em 100% dos automóveis dessa categoria. Com isso, espera-se uma redução significativa nas emissões de gases tóxicos e uma proteção ainda maior para a saúde dos trabalhadores e para o meio ambiente.

A implementação do sistema ORVR nos automóveis brasileiros representa um avanço importante para a redução da poluição do ar e para a proteção da saúde de frentistas. Além disso, a reutilização dos vapores de combustível contribui para a redução do consumo de gasolina e etanol, trazendo benefícios econômicos e ambientais. Com o aumento gradual da presença dessa tecnologia nos veículos, é possível vislumbrar um futuro mais sustentável para a mobilidade no Brasil.

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