ADSENSE GOOGLE TOPO

Veja também

18 anos do Tri: campeões mundiais com SPFC revelam bastidores do título

Há exatos 18 anos, o São Paulo conquistava o tricampeonato mundial de clubes

Revelando os bastidores da conquista (e da festa)

No dia 18 de dezembro de 2005, o São Paulo Futebol Clube escrevia mais um capítulo de sua rica história. Em um jogo emocionante, marcado pela lendária defesa de Rogério Ceni na cobrança de falta de Gerrard, o Tricolor venceu o Liverpool por 1 a 0 e se sagrou tricampeão mundial de clubes. Essa conquista imortalizou a tradição internacional do clube e ficou marcada na memória dos torcedores são-paulinos.

Para reviver os momentos inesquecíveis dessa jornada, o entrevistou alguns dos protagonistas desse feito histórico. Amoroso, Fabão, Josué, Lugano, Alex Bruno e Roger compartilharam suas lembranças e revelaram detalhes dos bastidores da conquista, incluindo a famosa resenha do "danone" de Aloísio Chulapa.

A festa no hotel

Todos os momentos foram importantes, desde a saída do estádio até a chegada no hotel. Nas entrevistas, os jogadores destacaram a atmosfera de euforia e comemoração que tomou conta do ambiente. No hotel, as banheiras dos quartos estavam lotadas de cervejas geladas, dando início à icônica história do "danone" do Aloísio Chulapa. Amoroso, companheiro de ataque de Aloísio na decisão, relembra:

"Na chegada no hotel, as banheiras dos nossos quartos estavam lotadas de cervejas. Isso é inesquecível porque ali que começou a história do 'danone' do Aloísio Chulapa ? todos os quartos tinham banheiras cheias de cerveja com gelo dentro."

Fabão, titular da linha de três zagueiros contra o Liverpool, também guarda a cena da banheira de cerveja com detalhes na memória:

"Uma banheira maravilhosa, estava linda a banheira de cerveja. Voltando do Japão, eu praticamente dormia um pouquinho, acordava e bebia um pouco. Aí dormia, acordava e bebia um pouco. Tinha que abastecer o tanque, né?"

Josué e o pedido de Autuori

O ex-volante Josué relembrou os momentos de dificuldade do São Paulo no jogo e a conversa que teve com o técnico Paulo Autuori durante a pressão do Liverpool na etapa final. Autuori pediu para Josué tirar o time de trás, mas o jogador ressaltou a impossibilidade diante da qualidade do adversário:

"No final do segundo tempo, ali pelos 30 minutos, ele me chamou e falou: 'Josué, precisa tirar o time de trás, o time está muito recuado'. Eu falei: 'Professor, não tem como'. Pela própria pressão e pela qualidade do time deles, fizemos um primeiro tempo muito bom, equilibrado, e saímos na frente. Conseguimos fazer um começo de segundo tempo muito bom, mas é natural que um time que está perdendo procure mais o ataque."

O ex-volante também ressaltou a angústia e a ansiedade que tomavam conta do time diante dos gols anulados do Liverpool, mas destacou a determinação do São Paulo em segurar a vitória.

O embate aéreo com Peter Crouch, por Lugano

O ex-zagueiro Lugano, um dos ícones da conquista, relembrou a intensidade do jogo e o embate aéreo com Peter Crouch, jogador de grande estatura que entrou na partida no lugar de Morientes:

"O Liverpool era um time vertical, muito vertical, com cruzamentos para Morientes ou Peter Crouch, que foi o jogador mais alto da história do futebol, ele media 2,1 m. Eu não conseguia, só segurando ele, só na manha, que talvez não poderia no futebol de hoje com o VAR. Então, quando o time é tão vertical assim, é difícil ter tempo para sair da defesa. Foi dramático, foi emocionante. Porém, dentro dessa pressão que o Liverpool exerceu, a gente tinha bastante controlada as zonas de perigo, que era dentro e perto da área."

Os registros de Alex Bruno

O ex-zagueiro Alex Bruno, que foi reserva no Mundial, aproveitou para registrar os momentos da conquista em vídeo. No entanto, ele lamenta ter perdido mais de 6 horas de filmagens:

"Eu estava gravando todo mundo e perdi mais de 6 horas de filmagem, não sei o que aconteceu, mas não consigo achar mais essas imagens. Tinha a nossa comemoração, a gente ficou lá no hotel mesmo, não pôde sair, e no final a gente juntou todo mundo num quarto e começou a conversar. Tinha bastante cerveja, a gente bebeu bastante, saiu em todos os andares comemorando com o Fabão e Grafite com as bandeiras."

A preparação de Rogério Ceni

O ex-goleiro Roger, companheiro de quarto de Rogério Ceni no São Paulo, contou sobre a preparação e dedicação do ídolo são-paulino para a decisão do Mundial de Clubes:

"Eu fiquei nove anos aturando o Rogério. O pior era quando ele pegava aquele violão, todo desafinado, mas tinha que falar que estava bom ainda para levantar a autoestima. Foram nove anos de São Paulo e nove anos dividindo quarto com Rogério, foi um aprendizado de vida gigantesco. O Rogério sempre foi muito dedicado, ele estava vindo de uma série de lesões, mas sempre estava treinando e jogando no limite. Foi mais que merecido a partida que ele fez."

A conquista do tricampeonato mundial de clubes em 2005 marcou para sempre a história do São Paulo. Os bastidores dessa conquista revelam a união e a determinação de um grupo de jogadores que escreveu o nome do clube na lista dos maiores vencedores do futebol mundial. Os momentos de celebração e a resenha do "danone" de Aloísio Chulapa são lembrados com carinho pelos campeões, mostrando a importância dessas memórias para a trajetória do São Paulo Futebol Clube.

ADSENSE GOOGLE