A suspensão dos alunos de Engenharia Mecânica da UFPR envolvidos em um trote violento
No mês de maio, um ocorrido lamentável chocou a comunidade acadêmica da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Um grupo de alunos do curso de Engenharia Mecânica participou de um trote violento próximo ao campus Centro Politécnico, em Curitiba, resultando na suspensão de 14 estudantes envolvidos. A decisão da UFPR busca resguardar a integridade física e moral dos estudantes e coibir atos de violência e discriminação. Neste artigo, discutiremos o ocorrido, as punições aplicadas e as medidas adotadas pela instituição para evitar casos semelhantes no futuro.
A conduta inadequada dos alunos e as normas descumpridas
A UFPR, por meio do seu Regimento Geral, estabelece uma série de deveres e proibições que devem ser seguidos por todos os estudantes. Ao analisar o caso do trote violento, a instituição constatou que os alunos envolvidos descumpriram três condutas proibidas previstas no regimento:
- Ofender a integridade física, moral ou a saúde de outrem;
- Praticar outras condutas reputadas como incompatíveis com a moral e os bons costumes;
- Arremessar ou derramar em via pública, ou em lugar de uso comum, ou de uso alheio, coisa que possa ofender, sujar ou molestar alguém.
No vídeo divulgado, é possível observar um grupo de pessoas ajoelhadas com as mãos no chão, enquanto outras pessoas em pé passam produtos nas costas dos que estão abaixados. Essa prática além de desrespeitar as normas da universidade, configura um ato violento e humilhante.
As punições aplicadas pela UFPR
A universidade, ao tomar conhecimento do ocorrido, iniciou de imediato um processo de investigação na Pró-reitoria de Assuntos Estudantis. Após a identificação dos estudantes envolvidos e a apuração dos fatos, a UFPR decidiu aplicar sanções aos 14 alunos.
A metade dos estudantes foi suspensa por um período de 45 dias, por terem tido uma participação mais ativa no trote violento. Essa punição tem como objetivo mostrar a gravidade das ações cometidas e buscar uma reflexão dos envolvidos.
Os demais alunos foram suspensos por 30 dias, tempo correspondente ao limite de faltas permitido por semestre. Essa medida serve como um alerta para que todos os estudantes tenham consciência de que atos violentos não serão tolerados dentro da instituição.
O posicionamento da universidade
Em nota divulgada quando os vídeos do ocorrido vieram à tona, a UFPR reforçou seu posicionamento contra qualquer ato de discriminação ou violência, seja ela física, verbal ou simbólica. A instituição busca oferecer um ambiente acadêmico seguro e respeitoso, onde todos os estudantes possam se desenvolver sem medo de represálias.
Medidas para evitar casos semelhantes no futuro
A UFPR está empenhada em adotar medidas que evitem a repetição de casos semelhantes de trote violento em seu campus. Para isso, a universidade está revisando e atualizando suas normas internas, de forma a deixar clara a proibição de qualquer prática que atente contra a integridade física e moral dos estudantes.
Além disso, a instituição tem promovido a conscientização dos estudantes sobre os limites do trote e os valores de respeito e ética que devem nortear as relações dentro do ambiente acadêmico. Palestras, debates e campanhas educativas têm sido realizados com o intuito de sensibilizar e conscientizar os alunos sobre as consequências negativas dessas práticas.
Considerações finais
O episódio do trote violento protagonizado por estudantes de Engenharia Mecânica na UFPR é um alerta para toda a comunidade acadêmica. Ações como essas não condizem com a missão da universidade de formar profissionais competentes e cidadãos conscientes.
A punição aplicada aos 14 alunos envolvidos é justa e necessária para que a gravidade do ocorrido seja compreendida. Ao mesmo tempo, é imprescindível que a instituição continue investindo em medidas de prevenção, conscientização e educação, a fim de evitar a repetição de casos semelhantes.
A UFPR reafirma seu compromisso com a segurança e o respeito de todos os estudantes e reitera que não serão toleradas práticas de violência ou discriminação em seu campus.
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