Tesouro Direto: taxas de papéis de inflação avançam à espera de ata do Fomc e atingem até 5,79%

As taxas dos títulos públicos brasileiros sobem enquanto o mercado aguarda a ata do Fomc

As taxas dos títulos públicos brasileiros apresentaram alta nesta terça-feira (21), em meio à expectativa dos investidores pela divulgação da ata da última reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto), órgão responsável por definir as taxas de juros nos Estados Unidos. O mercado está atento às pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, na condução da política monetária.

A ata será divulgada às 16h e desperta interesse no mercado brasileiro, que, com uma agenda de indicadores esvaziada, volta sua atenção para a política interna. O destaque do dia é a votação em comissão do Senado do projeto de lei que visa tributar rendimentos de aplicações financeiras, lucros e dividendos de entidades controladas no exterior, conhecidas como offshores. A matéria já foi aprovada pela Câmara dos Deputados.

No Tesouro Direto, as taxas de títulos de inflação apresentaram alta na primeira atualização do dia, às 9h39, em relação ao início da sessão anterior. A rentabilidade real do Tesouro IPCA+ 2055 subiu de 5,76% para 5,79%, enquanto a do Tesouro IPCA+ 2045 avançou de 5,75% para 5,79%. Já a taxa do título mais curto, com vencimento em 2029, passou de 5,54% para 5,56%.

Entre os títulos prefixados, o juro do papel com vencimento em 2026 aumentou de 10,23% para 10,32%. A taxa anual do Tesouro Prefixado 2029 subiu de 10,82% para 10,87%, e a do Tesouro Prefixado 2033 cresceu de 11,03% para 11,06%.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto

A seguir, você pode conferir os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta terça-feira (21):

• Tesouro IPCA+ 2055: taxa de 5,79%;
• Tesouro IPCA+ 2045: taxa de 5,79%;
• Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2029: taxa de 5,56%;
• Tesouro Prefixado 2026: taxa de 10,32%;
• Tesouro Prefixado 2029: taxa de 10,87%;
• Tesouro Prefixado 2033: taxa de 11,06%.

É importante ressaltar que essas taxas são atualizadas e podem sofrer variações ao longo do dia.

O papel do Fomc na condução da política monetária nos Estados Unidos

O Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) é o órgão responsável por tomar a decisão sobre as taxas de juros nos Estados Unidos. Trata-se de um comitê do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, composto por membros do conselho do Fed e presidentes de bancos regionais.

As discussões e reuniões do Fomc são fundamentais para a definição das diretrizes da política monetária nos EUA, uma vez que as decisões sobre taxas de juros impactam a economia do país e têm reflexos em nível global. Essas decisões influenciam os mercados financeiros, os investimentos e o custo do dinheiro nos diversos setores da economia.

Por essa razão, investidores ao redor do mundo estão sempre atentos às ações do Federal Reserve e às sinalizações do Fomc. Qualquer indicação sobre a possível mudança na condução da política monetária americana pode gerar impactos significativos nos mercados internacionais, incluindo o Brasil.

Impacto do projeto de lei que tributa offshores

O projeto de lei em discussão no Senado, que visa tributar rendimentos de offshores, tem gerado expectativa e movimentado o mercado financeiro brasileiro. Caso aprovado, ele afetará diretamente os rendimentos de investidores que possuem recursos aplicados no exterior através de entidades controladas em offshores.

Os offshores são entidades empresariais registradas em países com tributação mais favorável, e muitos investidores utilizam essa estrutura para maximizar o retorno de suas aplicações financeiras. O projeto de lei busca trazer uma maior equidade tributária, reduzindo as vantagens fiscais dos investimentos realizados através dessas entidades.

Na medida em que a proposta avança no Senado, o mercado financeiro acompanha de perto as discussões e potenciais impactos. Investidores avaliam o possível aumento na carga tributária sobre seus investimentos e potencialmente fazem ajustes em suas estratégias de alocação de recursos.

Conclusão

A alta das taxas dos títulos públicos brasileiros nesta terça-feira (21) reflete a expectativa do mercado em relação à divulgação da ata do Fomc nos Estados Unidos. Investidores buscam pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve na condução da política monetária, o que pode impactar os mercados financeiros ao redor do mundo, incluindo o Brasil.

Além disso, a votação do projeto de lei que tributa offshores no Senado também desperta interesse no mercado brasileiro. A possibilidade de alteração na tributação dessas entidades pode impactar os rendimentos de investidores com recursos aplicados no exterior.

É importante que os investidores fiquem atentos às movimentações do mercado e acompanhem as discussões políticas e decisões relacionadas à política monetária nos Estados Unidos, bem como as mudanças na legislação fiscal brasileira que possam impactar seus investimentos. A consulta a profissionais especializados é fundamental para uma melhor compreensão das oportunidades e riscos do mercado financeiro.