O Ibovespa fecha em leve queda de 0,26% e encerra sequência de alta nos últimos pregões
21 de Novembro de 2022
Por [Seu Nome]
O Ibovespa fechou em queda de 0,26% nesta terça-feira (21), aos 125.626 pontos, encerrando uma sequência de quatro pregões de alta. Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, o dia foi marcado por uma agenda econômica vazia, o que levou os investidores a realizarem lucros. Em Nova York, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq também registraram quedas de 0,18%, 0,20% e 0,59%, respectivamente.
O economista e sócio da Nomos, Alexsandro Nishimura, comenta sobre a realização de lucros no Ibovespa após quatro pregões consecutivos de alta, mencionando que os investidores aproveitaram a agenda vazia para essa movimentação. Nos Estados Unidos, o mercado está mais fraco do que o normal devido ao feriado de Ação de Graças, que fecha a bolsa a partir de quinta-feira. No entanto, a divulgação da ata da última reunião do Fomc (Federal Open Market Committee) trouxe algum movimento para o mercado, embora sem grandes impactos nos preços.
A ata do Fed mostrou uma preocupação com a inflação, que continua elevada e distante da meta de 2%. Apesar dos sinais de arrefecimento, novos aumentos nas taxas de juros não foram descartados. Diego Costa, head de câmbio para Norte e Nordeste da B&T Câmbio, acrescenta que as decisões continuarão sendo tomadas de acordo com a evolução dos indicadores.
No Brasil, a curva de juros fechou em alta, com as taxas dos DIs para 2025 subindo 9,5 pontos-base, para 10,57%, e as dos DIs para 2027 subindo 12,5 pontos-base, para 10,45%. Os contratos para 2029 e 2031 também apresentaram altas.
Questões fiscais e reunião entre presidente Lula e ministros afetam mercado brasileiro
O mercado brasileiro continua monitorando as questões fiscais, especialmente após a Comissão de Assuntos Econômicos no Senado adiar a votação do PL que taxa os fundos exclusivos e offshores. O Governo Federal precisa garantir receitas para cumprir sua meta de déficit zero no próximo ano.
Além disso, os investidores estão repercutindo a reunião entre o presidente Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. O governo tem demonstrado insatisfação com o ritmo de queda dos preços dos combustíveis e pode exercer pressão nesse sentido. No entanto, segundo Haddad e Prates, o tema da reunião foi o plano estratégico da empresa, não os preços dos combustíveis.
O especulador Miguel Rodrigues destaca que as ações de empresas ligadas ao mercado interno tiveram quedas significativas devido à proposta de aumento do ICMS feita por seis grandes estados, que pode impactar setores como o elétrico, bancário e de consumo. As ações da Petrobras também apresentaram desempenho negativo devido a rumores sobre a possível saída de Jean Paul Prates do comando da estatal. No entanto, Rodrigues ressalta que o atual presidente tem conseguido administrar bem a empresa diante das pressões do governo.
O dólar subiu 0,96% em relação ao real, sendo cotado a R$ 4,898 na compra e na venda. A valorização ocorreu devido a uma rodada de estresse no mercado de renda fixa americana, com um leilão de títulos públicos atrelados à inflação de 10 anos que teve demanda abaixo da média, levando a um aumento temporário das taxas dos Treasuries longos e afetando as bolsas em Nova York e as moedas emergentes.
No geral, o dia foi marcado por uma realização de lucros tanto no Ibovespa quanto nos índices americanos. O mercado brasileiro segue atento às questões fiscais e à reunião entre o presidente Lula e ministros, enquanto o mercado americano terá uma semana mais tranquila devido ao feriado de Ação de Graças. A ata do Fomc mostrou preocupação com a inflação, mas não teve grandes impactos nos preços. A curva de juros brasileira fechou em alta, e as ações de empresas ligadas ao mercado interno apresentaram quedas significativas. O dólar também valorizou em relação ao real.
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