Um acordo entre a Americanas e seus principais credores está próximo, mas uma dívida chave segue em aberto
Um acordo entre a Americanas e seus principais credores está perto de ocorrer nos próximos dias, mas a tendência é de que uma de suas principais dívidas siga em aberto. O Banco Safra, que tem R$ 2,53 bilhões em créditos a receber da varejista, vem dando sinais de que ainda não concorda com a equação.
Entre os bancos, o Safra é o terceiro maior credor da empresa, atrás de Bradesco (R$ 4,13 bilhões), BTG Pactual (R$ 3,52 bilhões) e Itaú (R$ 2,74 bilhões) e à frente do Banco do Brasil (R$ 1,51 bilhão) ? essas quatro instituições financeiras estão capitaneando as discussões.
A não-adesão do Safra não impedirá a assinatura do acordo, mas atrapalha as conversas. O IM Business apurou com fontes a par das negociações que a disputa familiar envolvendo os irmãos Safra são o pano de fundo para a resistência ao acordo. Davi, que está à frente do Banco Safra, e seu irmão Jacob respondem a um processo movido por outro irmão, Alberto, em Nova York. A mãe Vicky Safra também é processada. Alberto acusa seus familiares de diluir de propósito a participação dele na holding do Safra National Bank para excluí-lo do império da família. A família refuta as acusações.
?A disputa gera uma pressão para que o banco gere resultado. Há divergência entre eles em relação a esse caso?, explicou a fonte, que não quis se identificar.
Durante a divulgação dos balanços referentes a 2021 e 2022, o CEO da Americanas, Leonardo Coelho, afirmou a analistas que a empresa tinha o apoio dos representantes de pouco mais de 60% da dívida e que as conversas estavam evoluindo. Uma assembleia geral de credores (AGC) foi agendada para o dia 19 de dezembro, com a expectativa de que um acordo preliminar entre Americanas e bancos seja encaminhado até lá.
O Banco Safra tenta na Justiça do Rio de Janeiro impedir que a Americanas convoque a AGC de dezembro. O banco alega que ?questões procedimentais prévias? impossibilitam a reunião para aprovar o plano de recuperação judicial. O Safra pede que a Americanas apresente uma lista atualizada de credores, considerando a data-base de 19/01/2023 ? a Americanas anunciou suas inconsistências contábeis em 11 de janeiro. Outro motivo, prossegue o banco, é que a varejista não cumpriu todos os requisitos para ajuizar uma recuperação judicial, como não ter apresentado balanços ?adequados do período?.
Em decisão proferida na terça-feira (21), o judiciário manteve a AGC, mas o Safra já recorreu nesta quarta-feira (22).
Procurada, a Americanas não comenta o caso.
A disputa familiar entre os irmãos Safra
A disputa familiar entre os irmãos Safra é o pano de fundo para a resistência do Banco Safra em aderir ao acordo com a Americanas. O irmão Davi, que está à frente do banco, e seu irmão Jacob estão respondendo a um processo movido por outro irmão, Alberto, em Nova York. A mãe Vicky Safra também está sendo processada. Alberto alega que seus familiares diluíram de propósito sua participação na holding do Safra National Bank para excluí-lo do império da família.
Essas acusações têm gerado pressão para que o banco gere resultados, resultando em divergências entre os irmãos Safra. Essas divergências estão refletindo nas negociações entre o Banco Safra e a Americanas.
Andamento das negociações entre a Americanas e seus principais credores
Durante a divulgação dos balanços referentes a 2021 e 2022, o CEO da Americanas, Leonardo Coelho, afirmou que a empresa tinha o apoio de mais de 60% da dívida e que as conversas estavam progredindo. Uma assembleia geral de credores (AGC) foi agendada para o dia 19 de dezembro, com a expectativa de que um acordo preliminar seja encaminhado até lá.
No entanto, o Banco Safra está tentando impedir a realização da AGC na Justiça do Rio de Janeiro, alegando "questões procedimentais prévias" que impossibilitam a reunião. Entre os pontos contestados está a necessidade de uma lista atualizada de credores considerando a data-base de 19/01/2023. O Safra também alega que a varejista não cumpriu todos os requisitos para ajuizar uma recuperação judicial, incluindo a apresentação de balanços adequados do período.
Em decisão proferida na terça-feira (21), o judiciário manteve a AGC, mas o Banco Safra já recorreu nesta quarta-feira (22).
Conclusão
O acordo entre a Americanas e seus principais credores está próximo de ser concretizado nos próximos dias, mas a resistência do Banco Safra tem atrapalhado as negociações. A disputa familiar entre os irmãos Safra, que está em andamento nos tribunais de Nova York, é o motivo por trás da resistência do banco.
A Americanas, por sua vez, afirma ter o apoio de mais de 60% da dívida e espera que um acordo preliminar seja encaminhado até a assembleia geral de credores agendada para o dia 19 de dezembro.
O Banco Safra tenta impedir a realização da AGC na Justiça, contestando questões procedimentais prévias e alegando que a varejista não cumpriu todos os requisitos para ajuizar uma recuperação judicial.
O desfecho dessa disputa terá um impacto significativo no futuro da Americanas e de seus credores, e continuaremos acompanhando o desenrolar dos acontecimentos.
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