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Pais de alunos protestam após Justiça determinar retorno de diretoria da Apae de Campo Limpo Paulista

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Pais de alunos da Apae de Campo Limpo Paulista protestam contra retorno da diretoria por determinação judicial Pais de alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Campo Limpo Paulista (SP) fizeram um protesto nesta quarta-feira (27) contra a volta da diretoria da unidade por determinação da Justiça. As famílias alegam que, no período que a entidade ficou sob intervenção da prefeitura, os serviços haviam melhorado.

A situação da Apae de Campo Limpo Paulista

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Campo Limpo Paulista, uma instituição que presta serviços especializados para pessoas com deficiência, enfrenta uma turbulência desde o início do ano. No dia 11 de junho de 2023, a prefeitura do município decidiu intervir na administração da entidade, assumindo a responsabilidade pelos alunos. Essa medida ocorreu após o governo do estado suspender os repasses anuais de 500 mil reais à instituição, devido a suspeitas de irregularidades em laudos médicos emitidos pela Apae.

A prefeitura alega que a intervenção foi necessária para garantir a continuidade dos serviços oferecidos aos alunos. No entanto, essa decisão foi contestada por parte das famílias, que afirmam ter percebido melhorias nos serviços durante o período de intervenção da prefeitura. Essas melhorias incluíam transporte, técnicos especializados e alimentação adequada.

A reviravolta judicial

No dia 19 de setembro, uma decisão judicial determinou que a antiga diretoria da Apae reassumisse os trabalhos. O juiz responsável pelo caso argumentou que a intervenção da prefeitura só poderia ocorrer caso os atendimentos tivessem sido paralisados, o que não era o caso. Além disso, não foram apresentados documentos que comprovassem as supostas irregularidades nos laudos médicos.

Essa decisão gerou descontentamento entre as famílias dos alunos, que alegam terem perdido serviços e atividades que estavam programadas durante o período de intervenção. As mães dos alunos demonstraram sua insatisfação por meio de um protesto realizado em frente ao fórum, onde utilizaram faixas, cartazes e um abaixo-assinado com mais de 500 assinaturas.

A visão das mães dos alunos

Durante o protesto, algumas mães manifestaram suas opiniões sobre a situação. Joseli Vieira da Silva, mãe de uma aluna assistida pela Apae, destacou que percebeu uma mudança significativa nos serviços oferecidos durante a intervenção da prefeitura. Antônia Maria Santos Bezerra, por sua vez, ressaltou a falta de fisioterapia e outros serviços desde que a antiga diretoria reassumiu a instituição.

Renata Alexandra Lopes Alves também relatou os problemas que enfrentou após o retorno da antiga diretoria. Segundo ela, todos os serviços que estavam marcados foram cancelados. Claudia Miranda de Almeida corroborou com esses relatos, afirmando que as mães estão percebendo mudanças negativas desde a reintegração da diretoria.

A busca por diálogo

Diante da decisão judicial e das dificuldades enfrentadas pelas famílias, um grupo de mães solicitou uma conversa com o juiz responsável pelo caso. Após alguns minutos, o juiz Marcel Nai Lee aceitou receber cinco mulheres para uma conversa a portas fechadas. Essa reunião durou quase uma hora e, segundo as mães, o juiz explicou os motivos para a reintegração da antiga diretoria, ressaltando que estava seguindo a lei.

No entanto, apesar desse diálogo, as mães continuam insatisfeitas com a situação e alegam que os serviços oferecidos pela Apae estão piorando desde o retorno da antiga diretoria. O advogado da instituição afirmou que a intervenção da prefeitura foi equivocada, mas não se manifestou sobre as reclamações dos pais dos alunos. A prefeitura, por sua vez, informou que vai recorrer da decisão da Justiça.

Conclusão

O caso da Apae de Campo Limpo Paulista demonstra os desafios enfrentados pelas famílias de alunos com deficiência e a importância de uma gestão eficiente e comprometida com a qualidade dos serviços. A intervenção da prefeitura, seguida pela determinação judicial de retorno da antiga diretoria, causou instabilidade e insatisfação entre as famílias. A busca por diálogo entre as partes é fundamental para encontrar soluções que atendam às necessidades dos alunos. Resta agora aguardar os desdobramentos jurídicos desse caso e esperar que os serviços oferecidos pela Apae voltem a atender plenamente às necessidades dos alunos e de suas famílias.

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