Novo júri é determinado para Ana Claudia Batista, acusada de planejar a morte do marido para ficar com o seguro de vida
A Justiça determinou um novo júri para Ana Claudia Batista. Ela é acusada de ter planejado a morte do marido, o empresário Leandro Henrique Batista, em Ribeirão Preto (SP), com o objetivo de receber o valor de R$ 725 mil do seguro de vida. O crime ocorreu em fevereiro de 2018. Em março de 2022, Ana Cláudia foi absolvida pelos jurados em um júri popular, e deixou o fórum da cidade já em liberdade. No entanto, o Ministério Público recorreu dessa decisão, alegando que foi contrária às provas colhidas nos autos. A Justiça acolheu o recurso e determinou um novo julgamento, cuja data ainda não foi definida.
As provas não foram consideradas no julgamento anterior
No julgamento anterior, segundo a advogada de acusação, Fernanda Garcia Bueno, não foram observadas provas importantes. Ela afirma que a investigação foi impecável e existem elementos substanciais para comprovar que Ana Claudia foi a mandante do crime. Por outro lado, o advogado de defesa, Antônio Carlos de Oliveira, irá recorrer contra a anulação do júri anterior, alegando que a decisão dos jurados é soberana e não pode ser revista.
Absolvição de Ana Claudia
No primeiro julgamento, após 12 horas de deliberação, o conselho de sentença absolveu Ana Claudia com quatro votos favoráveis. Segundo o advogado de defesa à época, Daniel Rondi, a absolvição aconteceu devido à falta de provas do envolvimento da ré no homicídio, além do abandono de outras linhas de investigação na fase de inquérito policial.
O crime e as circunstâncias
Em fevereiro de 2018, o empresário Leandro Henrique Batista foi encontrado morto em sua residência no Jardim Monte Carlo, em Ribeirão Preto. Vizinhos relataram ter visto o empresário chegar de carro à casa, que estava vazia, sem observar nenhum suspeito no local. Uma testemunha ouviu um barulho, mas só desconfiou quando notou que o portão da casa ficou aberto por muito tempo. Ao investigar, encontrou o corpo da vítima no quintal, com ferimentos à bala no tórax e na cabeça.
O empresário morava com Ana Claudia e os cinco filhos e possuía um salão de beleza em Ribeirão Preto. Na época, Ana Cláudia afirmou desconhecer as razões do crime e que seu marido havia saído de casa após receber um telefonema de uma pessoa interessada em alugar a casa. No entanto, em julho de 2019, depois de um mandado de prisão preventiva, ela se apresentou à Polícia Civil e foi presa.
Conclusão
A decisão de determinar um novo júri para Ana Claudia Batista, acusada de planejar a morte do marido para ficar com o seguro de vida, mostra que a Justiça está atenta às provas apresentadas no caso. Embora tenha sido absolvida no julgamento anterior, o Ministério Público recorreu, alegando que as provas foram desconsideradas. Agora, caberá a um novo júri analisar todos os elementos e decidir sobre a culpabilidade ou inocência da ré. O desfecho desse caso trará justiça não apenas para a vítima e sua família, mas também para a sociedade como um todo.
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