ADSENSE GOOGLE TOPO

Veja também

Jacareí e Taubaté estão sem estoque de vacinas contra catapora e sarampo; entenda

imagem

Desabastecimento de vacinas contra catapora e tetraviral preocupa cidades do Vale do Paraíba

No final de agosto, as cidades de Taubaté e Jacareí, localizadas no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, começaram a enfrentar um problema preocupante: a falta de estoque das vacinas contra catapora e tetraviral. Essas vacinas, que fazem parte do calendário de imunização infantil, protegem contra doenças graves como sarampo, rubéola, caxumba e varicela.

A TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo na região, confirmou a informação em uma reportagem exibida na última sexta-feira (29). De acordo com a matéria, as doses das vacinas tetraviral, que compreende a proteção contra sarampo, rubéola, catapora e caxumba, estão em falta nas duas cidades. A vacina contra varicela, que seria a segunda dose de imunização contra catapora, também está em falta em Jacareí.

Importância da vacinação

A vacinação é uma das principais estratégias de prevenção de doenças. As vacinas são disponibilizadas gratuitamente pelo Governo Federal e fazem parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que determina quais vacinas devem ser administradas em cada fase da vida humana. A falta de estoque dessas vacinas é um fator preocupante, já que crianças e adultos podem ficar desprotegidos contra doenças que podem levar a complicações graves e até mesmo à morte.

No caso das vacinas contra a catapora e tetraviral, elas são indispensáveis para a proteção contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela. Sarampo, por exemplo, é uma doença altamente contagiosa que pode causar complicações graves, como pneumonia e encefalite. A catapora, se não for tratada adequadamente, também pode levar a complicações sérias, como infecções bacterianas na pele.

Motivo da falta de vacinas

Segundo o Ministério da Saúde, a falta de estoque das vacinas ocorre devido a modificações identificadas no processo de fabricação das mesmas. Em março deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a interrupção da distribuição das vacinas tetra viral e monovalente contra a varicela. Essa recomendação foi devido a alterações identificadas no processo produtivo das vacinas.

O Ministério da Saúde consultou outros produtores de vacinas com registro válido no Brasil para suprir a demanda, mas eles informaram não ter capacidade de fornecimento no cronograma necessário. Diante da situação crítica de estoque, foi solicitada à Anvisa uma autorização excepcional para importação e distribuição dos lotes das vacinas.

Até o momento, o Ministério da Saúde não informou uma previsão para a disponibilidade dos novos estoques dessas vacinas. A Anvisa, por sua vez, informou que está avaliando as mudanças realizadas no processo de fabricação e que novas doses devem ser entregues ao Ministério da Saúde até dezembro.

Impacto nas cidades do Vale do Paraíba

A falta de vacinas contra catapora e tetraviral tem afetado não só as cidades de Taubaté e Jacareí, mas também outras da região do Vale do Paraíba. Em Caçapava, por exemplo, a vacina contra varicela já está em falta e a tetraviral está com baixo estoque. Em Taubaté, a situação é ainda mais crítica, pois a vacina contra varicela está em falta há dois anos e a tetraviral também não está disponível.

Essa situação gera preocupação por parte das autoridades de saúde e da população em geral. Afinal, a falta de vacinas pode comprometer a efetividade das campanhas de imunização e permitir que doenças consideradas controladas ou erradicadas voltem a se espalhar.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição responsável pela produção das vacinas, explicou que as doses são fruto de um processo de transferência de tecnologia da farmacêutica GSK. A GSK realizou melhorias no processo produtivo das vacinas, porém, aguarda a aprovação da Anvisa para as novas doses.

Em resumo, a falta de estoque das vacinas contra catapora e tetraviral nas cidades do Vale do Paraíba é resultado de alterações identificadas no processo de fabricação das mesmas. As autoridades de saúde estão empenhadas em regularizar a situação o mais rápido possível, mas, até o momento, não há uma previsão exata para a disponibilidade dos novos estoques. É fundamental que a população esteja atenta a essa situação e siga as orientações das autoridades sanitárias quanto à imunização.

ADSENSE GOOGLE